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Você já ouviu para de engenharia sustentável? Entenda tudo sobre essa tendência que está cada vez mais presente nos empreendimentos brasileiros.
De acordo com um levantamento feito pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza), os países que mais poluíram com a produção de lixo plástico desde a Revolução Industrial, de 1850 a 2021, foram: EUA, China, Rússia, Brasil e Indonésia.
Além de estarmos em 4º no ranking mundial da poluição, o nosso país também é um dos que menos recicla. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam que aproximadamente 160 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos são geradas por dia no Brasil. Porém, apenas 13% deles são de fato encaminhados para a reciclagem.
Apesar do estudo realizado pela Carbon Brief (um dos principais veículos do mundo na cobertura das descobertas em ciência climática) apontar que a maioria das emissões de gases poluentes vêm do desmatamento e do mal uso do solo para pecuária e agricultura, atualmente o setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos negativos deste tipo no ecossistema.
Segundo levantamento do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, o ramo de edificações consome 20% da água nas cidades, 75% dos recursos naturais e gera 80 milhões de toneladas de resíduos por ano. Neste cenário, a engenharia sustentável aponta como uma alternativa de desenvolvimento mais benéfica para o meio ambiente.
Definimos a engenharia sustentável como um processo de construção que visa harmonizar a relação entre os espaços naturais e urbanos, tornando-os menos prejudiciais ao meio ambiente durante todo processo da obra, com utilização de insumos de fontes renováveis e tecnologia inovadora.
Para projetos que visam a preservação do ecossistema em sua totalidade, devem ser considerados aspectos ambientais, sociais e econômicos ao longo de toda vida útil do empreendimento. Desde a escolha do terreno, seleção dos materiais e eficiência operacional, até o aproveitamento para seus usuários.
Para aplicar a engenharia sustentável no seu negócio é necessário entender que essa prática começa na cultura organizacional da empresa. Isso porque, optar por esse tipo de obra, engloba garantir mais eficácia em todas as operações, quer sejam administrativas ou produtivas.
Com isso, é necessário que a gestão busque soluções que possibilitem o melhor aproveitamento de espaço, material, energia e recursos. Além de estar atualizada sobre as novidades tecnológicas e do mercado, a fim de tornar os processos mais eficientes.
Mais do que os benefícios econômicos a longo prazo e o fortalecimento da imagem corporativa em apoio ao meio ambiente, ainda temos o auxílio do incentivo fiscal às obras sustentáveis. Um exemplo disso é o IPTU Verde, praticado em diversas cidades brasileiras, que oferece desconto para implementação de sistemas mais eficientes em novas construções ou reformas.
Localizados no sertão da Paraíba, em clima semiárido, os prédios da Energisa enfrentaram diversos desafios em sua construção. Mas, ao fim da obra, entregaram um projeto sustentável exemplar, produzido com: materiais renováveis, reutilizáveis e recicláveis, madeira de reflorestamento, irrigação das áreas verdes com água da chuva, entre outras alternativas.
Após ser reformado para a copa do mundo, o Mineirão foi o primeiro estádio brasileiro a receber o selo Platinum da LEED, certificação dada às construções aprovadas em todos os critérios avaliados pelo emissor. Dentre os itens qualificados, estão: terreno sustentável, uso racional de água, materiais e recursos recicláveis e reutilizáveis, qualidade do ambiente interno, entre outros.
Este é o primeiro edifício comercial a ser certificado como uma construção sustentável no Brasil. O prédio conta com cobertura verde, bicicletário completo, estacionamentos pensados para diminuir as ilhas de calor, áreas verdes e Plano de Gerenciamento de Águas Pluviais.
O edifício comercial Porto Brasilis alcançou a certificação LEED Gold, isso devido aos aspectos sustentáveis envolvidos em sua obra e estrutura. Uma das características desenvolvidas para o bem-estar ambiental e humano é sua fachada de vidro com película termo eficiente, que reduz o uso de ar refrigerado ao evitar a entrada de calor, sem impedir a passagem de luz.
O prédio também conta com um sistema de reutilização da água da chuva, coleta seletiva e vagas preferenciais para veículos com baixa emissão de gases poluentes, como o CO₂.
Agora que você já conhece o conceito de engenharia sustentável e seus benefícios ambientais, sociais e até fiscais, que tal considerar aderir a esse tipo de construção em sua próxima empreitada?
Adotando boas práticas ambientais, você valoriza sua empresa para o mercado e os compradores. Além disso, reduz o consumo de recursos naturais e contribui para tirarmos nosso país da lista das nações mais poluidoras da WWF. Então, faça sua parte!
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